segunda-feira, 27 de agosto de 2012

UNITA organiza manifestações contra irregularidades eleitorais

Em Angola a UNITA convocou uma manifestação para sábado passado, contra supostas irregularidades da CNE no processo eleitoral. O maior partido da oposição chamou, por isso, todos os cidadãos para exigirem um processo transparente e justo, mas de forma pacífica. Entrevistei para a DW o porta-voz do partido, Alcides Sakala, na véspera.

Nádia Issufo: O que leva a UNITA a realizar a manifestação?
Alcides Sakala: A manifestação é pela paz, democracia e sobretudo pelos respeito a lei. Queremos que se introduza em Angola a cultura de respeito a lei. Isto por causa da forma como a CNE está a conduzir o processo eleitoral. Nós verificamos nos últimos dias um conjunto de situações irregulares que violam a lei. São questões importantes para a credibilização do processo que vão desde problemas das actas simples, a questão das listas, a auditoria e outras questões que não tem sido salvaguardadas. Porque parece não haver vontade da CNE que sofre uma grande influência do executivo angolano. Por isso achamos que deviamos organizar esta manifestação para a defesa da legalidade e da paz.

NI: Qual foi a reação da CNE face as vossa queixas?
AS: Apresentamos um memorando a CNE na última sexta-feira. Também entregamos o documento a comunidade diplomática acreditada em Angola e a missão de observação da SADC. Em resposta a CNE criou uma Comissão que vai, segundo dizem, analisar o nosso memorando e eventualmente produzir algumas recomedações.

NI: Caso não sejam resolvidas as irregularidades constatadas o que pretendem fazer?
AS: Queremos manter um discurso positivo. Penso que os homens de bem, com sentido de história de Estado tem de se pautar por um diálogo estruturante. Vamos dar inicio a um processo que tem de conduzir necessariamente a institucionalização dos processos eleitorais. Imagina que sempre que tivermos eleições se estabeleça este braço de força entre a sociedade civil, partidos e a CNE. Isso não seria bom para credibilizar processos que serão recorrentes no nosso país.


Mais sobre o tema para ouvir e ler em:

http://www.dw.de/dw/article/0,,16189464,00.html

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