terça-feira, 1 de março de 2011

Moçambique: Liberdade de expressão a caminho das grades?


Foto: Ismael Miquidade

A TIM, Televisão Independente do Moçambique, foi recentemente comprada pelo grupo Insitec. Este grupo que está em larga expansão em Moçambique, tem participações em grandes empresas, como por exemplo o corredor de desenvolvimento de Nacala, o BCI, etc. Diz-se a boca pequena que o presidente do país, Armando Guebuza, tem participações no grupo, mas na escritura da Insitec, até onde estou informada, não consta o nome do presidente, ou seja, oficialmente Armando Guebuza não é um dos donos do grupo Insitec.
A STV, Soico Televisão, tem donos que até onde nos é mostrado, até pelos seus slogans, não vestem nenhuma camisa partidária, mas pelos comentários que oiço é que a televeisão tem sido tendênciosa nos últimos tempos.
A TVM, Televisão Pública de Moçambique, é aquela que tem o seu presidente do conselho de administração nomeado pelo governo, e todos os moçambicanos que tem olhos de ver sabem que camisa este canal tem de vestir.
o jornal "Diário de Moçambique" também foi recentemente comprado, a boca pequena também se diz que foi comprado por pessoas próximas ao partido no poder, a Frelimo.
Bem, estou a navegar nas turbulentas águas das especulações, mas isso não me imede de aventar possibilidades... E se?

Era uma vez a liberdade de imprensa...
Se tudo isso que se diz a boca pequena for verdade, o que restará de realmente imparcial? Onde vai parar a liberdade de expressão ainda tão incipiente? A ser verdade isto, que futuro para a imprensa moçambicana?

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